Lexy o menino vegano

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Recentemente tivemos a oportunidade de colaborar num projecto inspirador e cheio de amor da Bárbara Magalhães: Lexy o menino vegano ❤

Um livro que “explica o veganismo de uma forma divertida e fácil de entender, para as crianças e adultos”; com as fantásticas ilustrações da talentosa Tânia Bailão Lopes

Bárbara, a autora do livro, é vegana há 7 anos e é mãe de um menino vegano que inspira a personagem do livro.

O veganismo é uma opção de vida que procura eliminar toda e qualquer forma de exploração animal ou como diz o Lexy, um vegano “é alguém que come, brinca, se veste e se cuida sem aborrecer e magoar os animais que vivem connosco neste planeta chamado Terra“.

Hoje partilhamos convosco uma pequena entrevista que fizemos à autora do livro.

Como surgiu a ideia deste livro?

A ideia surgiu durante a gravidez do meu filho, quando andei à procura de literatura infantil sobre veganismo e verifiquei que não existia nada em português. Na altura encomendei um livro dos EUA, mas achei-o pesado para a idade dele, porque se focava mais na descrição do sofrimento dos animais. Embora isso seja um facto e o motivo pelo qual eu me tornei vegana, não lhe queria passar a mensagem de forma tão crua naquela etapa.

Ao longo dos anos, fui participando em fóruns de famílias vegetarianas e fui assistindo aos dramas que se vivem em tantas escolas e casas, e isso motivou-me ainda mais a avançar com este projecto. Queria fazer um livro que transmitisse, de forma leve e divertida, uma realidade que faz parte do dia-a-dia de tantas pessoas, uma realidade que não é só a realidade de meia dúzia de seres humanos, mas a realidade de milhões de pessoas em todo mundo! Embora o meu filho e outras crianças frequentem escolas onde são os únicos vegetarianos, a verdade é que há muitas crianças espalhadas pelo país e pelo mundo, que têm a mesma forma de viver. É importante mostrar que o veganismo não é coisa duma minoria ou dum bando de esquesitóides. O veganismo existe e cresce todos os dias.

O que te levou a adoptar este estilo de vida?

Tornei-me ovolactovegetariana depois de assistir a um programa sobre a exploração de animais. Para mim foi um choque tremendo e até hoje me interrogo como não me questionei sobre o que tinha no meu prato, bem à minha frente, todos os dias. A dessensibilização é, de facto, um fenómeno impressionante. Durante 10 anos ainda consumi ovos e lácteos, com períodos mais ou menos longos de vegetarianismo estrito, mas em 2009 decidi que era altura de parar com as desculpas e dar o passo que tinha de dar. Ao eliminar os lácteos e os ovos do meu cardápio, o impacto na minha saúde foi tanto, que me motivou ainda mais a manter a minha opção, sem voltar a recuar. (https://barbaraword.wordpress.com/2015/02/23/o-melhor-passo-que-dei-pela-minha-saude/).

Quais os benefícios do veganismo? 

Com o veganismo deixamos de alimentar uma indústria que promove o sofrimento de biliões de animais e que provoca a destruição dos solos, das florestas, das águas e do ar que respiramos. Não só ajudamos directamente os animais, como ajudamos a preservar o planeta. Além disso, ao retirarmos os produtos animais da nossa alimentação, estamos a poupar a nossa saúde. Eu não conheço nada que o Homem use como alimento, que provoque mais problemas de saúde que os lacticínios (e sei que muita gente não concordará, mas o meu conselho é: testem!).

Quais as maiores dificuldades que encontraste enquanto mãe vegana?

Felizmente já me sentia fortalecida o suficiente para não me deixar amedrontar pelas previsões de médicos, vizinhos, familiares, amigos e desconhecidos. Também já conhecia profissionais de saúde que são vegetarianos e por isso apoiavam a minha forma de me alimentar e cuidar a 100%. Mesmo assim, é sempre chato ter de lidar com ameaças e acusações, como se estivéssemos a negligenciar os nossos filhos. Se uma criança não-vegetariana está pálida, “oh, isso é porque sai ao pai, que é branquinho”, mas se for vegetariana “ai, meu Deus, de certeza que está anémica porque não come carne”. Uma criança não vegetariana espirra “ai coitadinho, está frio”, mas se é vegetariana “ui, isso é falta de proteína!” …

Quais os teus conselhos para quem está a passar pelas mesmas dificuldades?

Em primeiro lugar, informem-se sobre o vegetarianismo. É muito mais fácil ter uma gravidez, um bebé ou uma criança vegetariana, quando se está confortável com a opção que se tomou. Se alguém se torna vegetariano, mas continua a achar que o leite até fazia bem, ou que a carne tem algum aminoácido raro que precisa ser compensado, vai ter problemas, vai amedrontar-se quando um médico desinformado disser que a carne é fundamental, vai aterrorizar-se quando alguém lhe disser que o filho está branco porque lhe falta o ferro xpto do fígado. Informem-se! Ganhem segurança para poderem ver além do preconceito alheio, para poderem ver além da ignorância que tantos profissionais de saúde demonstram em relação a este assunto.

Procurem conhecer outros vegetarianos e ter contacto com profissionais que entendam esta opção (dei alguns contactos no livro). Quase todos nós que somos vegetarianos, vivemos numa família que come “de tudo”, mas com as redes sociais, por exemplo, é muito mais fácil conhecermos gente que seguiu o mesmo caminho. É bom vermos que não estamos sozinhos, é bom podermos falar com quem nos entende e respeita. Quanto mais informados e em paz estamos com a opção que tomamos, menos os ataques dos outros nos atingem. Conviver com outros vegetarianos, conversar com quem já está neste caminho há mais tempo, ajuda-nos a desmistificar muitas ideiazinhas que se espalham como verdades absolutas.

Alegrem-se pelo passo que deram, alegrem-se por verem além, alegrem-se por poderem ajudar outros a verem também. Somos muitos!!

Preparem-se para o tempo frio II

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As plantas têm sido utilizadas desde sempre para a alimentação e para fins medicinais. Uma das formas de utilizar as plantas medicinais é através de infusões e decocções, que podem ser bebidas ou aplicadas externamente.

Infusões (quantidade padrão): 1 colher de chá de planta seca para uma chávena de água. Aquecer um recipiente com água até ferver, juntar a planta, deixar em infusão durante 5-10 minutos e depois coar1.

Decocções (quantidade padrão): 20 g de planta seca para 750 ml de água fria, reduzida a cerca de 500 ml depois de fervura em lume brando. Colocar as plantas numa panela, cobrir com água fria e deixar ferver em lume brando cerca de 20 a 30 minutos1.

SALVA é eficaz para tratar a garganta inchada e inflamada na forma de infusão, que deve ser gargarejada3.

EQUINÁCEA é uma das mais importantes plantas medicinais do Mundo. A investigação demonstrou que tem capacidade para aumentar a resistência do organismo a infecções bacterianas e virais graças à estimulação do sistema imunitário. Para tratar infecções de garganta gargarejar com 50 ml de decocção da raiz, 3 vezes por dia1.

TOMILHO é excelente para combater os primeiros sinais de gripe ou constipações e para qualquer tipo de problemas respiratórios, tosse e garganta inflamada3. Podem-se tomar 5 a 6 chávenas de infusão por dia2. Em caso de tosse e catarro é muito eficaz tomar uma infusão com tomilho e 1/2 colher de café de feno-grego. Se o nariz estiver entupido fazer uma decocção de tomilho, mergulhar o nariz nessa decocção tépida e aspirar, uma narina de cada vez, e 5 ou 6 vezes cada narina, 2 ou 3 vezes por dia2. Mascar tomilho também ajuda em caso de dores de garganta, anginas, amigdalites2.

PERPÉTUA ROXA usa-se em infusão como expectorante e anti-inflamatório, para aliviar o catarro, tosse, dores de garganta.

Outra Sugestão

Mistura para Infusão Resistência

Bibliografia:

1 Chevalier, Andrew (1998). Enciclopédia de plantas medicinais. Lisboa : Selecções do Reader’s Digest.

2 Dextreit, Raymond (1989). A argila que cura: uma vida da medicina natural. Edições Itau.

3 Pitman, Vicki (1996). Fitoterapia: as plantas medicinais e a saúde. Lisboa: Editorial Estampa.

Créditos da imagem: Andreas Krappweis

Nota: Evitar durante a gravidez: salva, tomilho e milefólio; evitar se sofre de epilepsia: salva. Se tiver algum problema de saúde, se tomar alguma medicação ou se estiver grávida, consulte sempre o seu médico ou profissional de saúde antes de utilizar remédios à base de plantas. A Informação contida nesta rubrica destina-se a fins educacionais e não substitui, de forma alguma, aconselhamento com um profissional de saúde.

Preparem-se para o tempo frio I

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Com a chegada do tempo frio aumentam as possibilidades de contrair gripes e constipações. A utilização de plantas medicinais e dos seus óleos essenciais poderá ajudar a prevenir e aliviar os sintomas destas afecções. Hoje propomos algumas sugestões de utilização de óleos essenciais durante o tempo frio. Os óleos essenciais são os elementos líquidos, odoríferos e voláteis segregados pelas plantas aromáticas. Podemos encontrá-los nas flores, folhas, casca, sementes, raízes, resina, etc,…e são geralmente obtidos por destilação a vapor ou por expressão (no caso dos citrinos). Estes têm diferentes propriedades e efeitos e podem ser utilizados1 em massagens (previamente diluídos), banhos, difusão, inalação, compressas, etc.

 Óleos Essenciais2

Os óleos essenciais de alfazemaeucalipto e especialmente o de árvore do chá ajudam a combater o vírus da gripe e ao mesmo tempo estimulam a resposta do sistema imunitário.

  • ALFAZEMA: as propriedades analgésicas, anti-sépticas e antibióticas deste óleo essencial tornam-no valioso no tratamento de constipações, tosses, catarro, sinusite, bem como gripes. Utilize-o em inalação3
  •  ÁRVORE DO CHÁ: aos primeiros sinais de constipação ou gripe tome um banho com 3 gotas de óleo essencial de árvore do chá antes de ir dormir (se a sua pele for sensível, dilua o óleo essencial antes de o juntar à água do banho). Após o banho deverá ir logo para a cama;
  • EUCALIPTO: uma inalação de vapor com Eucalipto é um tratamento natural para os casos de constipação, pois este não apenas alivia a congestão nasal como inibe a proliferação do vírus. O uso do eucalipto em borrifadores de ar ou difusores resultará numa grande protecção contra gripes e doenças infeciosas;

Outros óleos essenciais úteis2

  • ALECRIM: é considerado um óleo valioso para diversos problemas respiratórios. Use-o em inalação3;
  • HORTELÃ-PIMENTA: também é útil em caso de gripe ou constipação, especialmente quando associado ao óleo essencial de alfazema, manjerona e outros óleos que se utilizam para prevenir e aliviar estas maleitas. Este óleo essencial estimula a sudação sendo útil para fazer baixar a febre. Também pode ser usado em inalações de vapor para desobstruir as vias nasais.
  • LIMÃO: tem a capacidade de estimular as defesas do organismo e é um poderoso anti-séptico. Para purificar o ambiente e afastar os micróbios do ar, adicione algumas gotas deste óleo ao seu difusor;
  • MANJERONA: os banhos com este óleo ajudarão a reduzir os calafrios e as dores no corpo;
  • SÂNDALO: útil para aliviar irritações de garganta – os métodos mais indicados de uso são as inalações e as aplicações externas no peito e na garganta (previamente diluído num óleo vegetal).
  • TOMILHO: revela-se útil no tratamento de constipações, tosses e dores de garganta – é um excelente desinfectante pulmonar, útil para todas as infecções respiratórias. Utilize-o em difusão ou inalação.

Outras sugestões:

– Os produtos da Gama Aromaforce da marca Pranarôm com óleos essenciais 100% puros e naturais:

Nota: Esta informação destina-se a fins educacionais e não substitui, de forma alguma, aconselhamento com um profissional de saúde.

1 Informações sobre as precauções e regras de utilização na loja online

2 Davis, Patricia (1996). Aromaterapia. São Paulo: Martins Fontes.

3 Inalação de vapor: adicione 1 ou 2 gotas de óleo essencial a uma bacia com água acabada de ferver; cubra a cabeça e a bacia com uma toalha, feche os olhos e inale o vapor durante 5 minutos ou mais).

Crédito imagem1: Jay Mantri; Badger Balm; Pranarôm